Nesta quinta-feira o Atlético-MG enfrenta o Colón, no Mineirão, pela semifinal da Copa Sul-Americana. Em campo o time precisa vencer por apenas 1 a 0 para chegar à inédita decisão. Para atuar no Gigante da Pampulha o Galo paga mais caro do que o Cruzeiro, mesmo em condições de igualdade. Como a Raposa não tem mais contrato com a Minas Arena, concessionária que administra o estádio, os dois clubes negociam jogo a jogo quando vão utilizar o Mineirão.
Em junho a Minas Arena conseguiu romper o contrato com o Cruzeiro, na justiça, por causa de uma dívida de R$ 26 milhões. Mesmo sem o acordo assinado no fim de 2012 e que teria validade até 2038, a equipe celeste mantém a vantagem de pagar parte dos custos operacionais do estádio em dia de jogo, algo que o rival não tem. O Galo paga 100% do valor, enquanto o Cruzeiro paga apenas 70%, como revelou o Blog na última semana.
Jogar com o Colón no Mineirão não foi uma livre escolha da diretoria alvinegra. De acordo com o regulamento da Copa Sul-Americana, a semifinal tem de ser disputada em estádios com capacidade mínima de 30 mil lugares, o que inviabiliza o Independência, utilizado pelo Atlético nas três fases anteriores do torneio, que não disputou a primeira etapa por estar na Libertadores.
O custo operacional no Horto é muito mais barato para o Atlético, que é parceiro comercial da Luarenas, responsável pela administração do estádio. Na comparação entre os dois estádios, o Mineirão é “100% mais caro”, garantiu uma fonte ao Blog. Além dos custos operacionais menores, o Atlético também arrecada com outros ativos, além da bilheteria, justamente por ter um acerto comercial com a Luarenas. Por outro lado, o Mineirão é bem maior e a capacidade de arrecadação com bilheteria aumenta consideravelmente.
Galo vê Horto mais barato mesmo com multas
No entendimento da direção atleticana, jogar no Independência é mais barato do que jogar no Mineirão, mesmo com as multas que o clube recebeu nesta temporada por utilizar o Horto. Tanto na Copa Libertadores quanto na Sul-Americana, é proibido a exibição de marcas que não sejam dos clubes envolvidos ou das empresas parceiras da Conmebol.
Quando joga no Independência o Atlético não consegue tampar as marcas do América, que é o proprietário do estádio. Mesmo assim a direção alvinegra tem optado pelo Horto em jogos internacionais. Nesta temporada, dos oito compromissos em Belo Horizonte por competições da Conmebol, cinco foram no Independência, mesmo com o clube ciente das multas, que foram aumentando a cada reincidência.
Por enquanto o Atlético é o clube que mais recebeu multas da Conmebol em 2019. Além da exibição das marcas do América, o Galo também foi punido por colocar o patch no local errado da camisa, comportamento inadequado da torcida e não estar a 100 quilômetros de distância da cidade do confronto com o Union La Calera, 24 horas do início da partida. No total, o Atlético recebeu mais de R$ 700 mil em multas.